"Mas o coração sangrava, ferido. E, feridos, nos sobra coragem e nos falta bom senso."
Hello, caros leitores! Andam lendo muito? Eu sim, tentando correr com a leitura
para dar conta de ler os inúmeros livros que estão aqui na fila de espera haha
Essa resenha trata-se de uma obra nacional que me deixou bastante curioso já
que se tratava de um romance erótico, de cara pensei que seria bem explicito
quanto Cinquenta Tons de Cinza -que super curto-, mas ao iniciar a leitura não
encontrei o esperado.
A trama se passa em Londres, inicialmente
em 1875 e conta a história de Melinda, uma jovem bem nascida e que fora
prometida a um homem que ela sentia uma enorme repulsa. Não querendo levar a
vida que levava -não entendo como alguém não iria querer uma vida confortável
por mais que obrigações lhe fossem impostas, afinal todos temos nossas
obrigações- tendo que bancar a donzela e ser submissa a seus pais e ao futuro
marido ela acaba fugindo e para sobreviver entra no ramo da prostituição, nasce
Molly, como ela passaria a ser conhecida.
Servindo aos prazeres de incontáveis
homens, entre eles muitos ricos e com grande influência, Molly acaba recendo a
visita em seu prostíbulo de Charles O'Connor, um rico, casado e com filhos. Mas
diferente de todos os outros eles acabam tendo algo a mais que apenas sexo e é
ai que a confusão e a mudança drástica em suas vidas se inicia. Molly e Charles
irão enfrentar o preconceito, a ética e a fidelidade para conseguirem o que desejam,
um ao outro, mas se por um minuto achei que um final de contos de fadas estava
a caminho fui surpreendido por uma reviravolta que me deixou muito surpreso,
literalmente.
Além da história deles temos um pouco do cotidiano
das pessoas que viviam naquela época, o que torna tudo mais interessante e
menos chato tendo em vista que a história dos amantes é bem monótona e o
erotismo em nada deixa as coisas mais interessantes, pois nem parece ser
erótico de tão leve que é. Uma leitura muito rápida e fácil, além de ser
recheada de surpresas, e o final, meu Deus, esse final foi de mais, fiquei
pasmo. Eles lutaram tanto e passaram por tantas situações desagradáveis para
nada, já que nada do que era esperado aconteceu. Agora, o desfecho de cada um
me pegou desprevenido, okay que o que acontece é algo super natural, mas quando
um autor resolve por isso no livro é o mesmo que dá um no leitor, pelo menos
foi assim que me senti, como se tivesse levado um tiro.
O livro é bom, a escrita é maravilhosa e o final é
surpreendente e apesar do desapontamento quanto ao erotismo recomendo-o a
todos, realmente vale a pena a leitura dele, até por que é mega
rápida.
Titulo: A Dama de Papel Ano de lançamento: 2015 256 páginas Editora: Universo dos Livros Autora: Catarina Muniz |
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